A gravura em madeira de certa forma provocou o surgimento da tipografia. Lançando mão do mesmo processo da xilogravura foram criados os ''tipos'', ou seja, letras entalhadas na madeira que dispostas lado a lado possibilitaram a composição de textos e após a impressão sobre papel, sua reutilização.
Muito embora haja indícios que os chineses tenham sido os inventores da tipografia (bem como da xilogravura) foi Johannes Gutenberg (1400-1467) um ourives de ofício, que sistematizou a tipografia na Alemanha por volta do ano de 1450. Gutemberg aperfeiçoou a técnica chinesa e criou a prensa para realizar as cópias.
Johannes Gutenberg (1400-1497) |
Assim, também é denominada ''tipografia'' a casa onde é realizada a atividade de composição e impressão de textos tipográficos. A história da tipografia na Região do Cariri é antiga, sendo o jornal ''O Araripe'', que circulou de 1855 a 1865 na cidade do Crato, uma importante referência neste sentido, posteriormente em Juazeiro do Norte o jornal ''O Rebate'' foi editado e impresso em tipografia própria de 1909 a 1911. No tocante à literatura de cordel, a Tipografia São Francisco de José Bernardo da Silva em Juazeiro do Norte (atual Lira Nordestina) foi um marco na história da poesia impressa, vindo a ser uma das maiores editoras desta categoria.
Jornal "O Araripe" da cidade de Crato, edição de 23 de julho de 1855. |
Jornal "O Rebate" da cidade de Juazeiro do Norte, edição de 18 de julho de 1909. |
Para saber mais, leia:
Bringhurst, Robert. Elementos do estilo topográfico. São Paulo: Cosac Naify, 2005.
Carvalho, Gilmar de. A Xilogravura de Juazeiro do Norte. Fortaleza: IPHAN, 2014.
Costella, Antonio F. Introdução à gravura e à sua história. São Paulo: Editora Mantiqueira, 2006.
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